Confissão Geral Que Fez Napoleão Bonaparte ao Abade Maury, em 15 de Agosto de 1810: Escrita em Londres, seguida de Testamento de Junot, e de História da Liberdade em Portugal [fragm.]


JEAN SARRAZIN, general
JEAN-SIFFREIN MAURY
ANDOCHE JUNOT
JOÃO GUALBERTO DE BARROS E CUNHA


compilação e capa de pcd
reed. conforme as edições originais; 144 págs.
ISBN 972-8351-99-2
cód. barras 9 789728 351991
14,00 eur

Conjunto de dois panfletos anónimos – um, de 1811, e o outro, de 1809 – editados com o propósito de denegrir os invasores franceses, aos quais se juntou uma interessante passagem da obra de Barros e Cunha em que este denuncia a então ida da família real para o Brasil como uma fuga cobarde:
«[...] Se o terreno tivesse sido disputado então aos franceses, com auxílio da Inglaterra, que já possuía completa informação das forças defensivas do reino e que preferia, na frase de lord Liverpool, bater-se com os franceses antes para aquém do cabo Finisterra do que no canal, nem a sombra de um soldado dos de Junot entraria em Lisboa.
Não se fez nada. A família real embarcou no cais de Belém deixando o reino ao estrangeiro, e diz o vergonhoso decreto da deserção que fugia para livrar a nação do flagelo da guerra. Apenas a rainha demente soltou esta frase, que era como último legado da realeza ou protesto da filha de D. José I, testemunha de outra política e contemporânea de outros estadistas: “Olá! Nós deixamos o reino sem haver um só combate!?…” A monarquia de direito divino acabava de lavrar a sentença. Achava-se velha, e admirava a sua própria fraqueza e caducidade. O governo precisava doutros elementos, o país também.
A sua deserção da pátria, que devia defender, era uma abdicação dos poderes que tinha usurpado, e que o povo, a quem os extorquira, ia levantar para se remir da opressão. [...]»

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